Exemplos de
Fazer a vida negra
3 resultados encontrados
1. Barca
guém. ANJO Tu passarás, se quiseres; porque em todos teus
es per malÃcia nom erraste. Tua simpreza t'abaste pera goza
izendo: FRADE Vamos à barca da Glória! Começou o Frade a
o tordião e foram dançando até o batel do Anjo desta man
leixáveis lá. Cada hora sentenciada: «Justiça que manda
....» CORREGEDOR E vós... tornar a tecer e urdir outra mea
IABO Em que esperas ter guarida? FIDALGO Que leixo na outra
quem reze sempre por mi. DIABO Quem reze sempre por ti?!..
iremos. FIDALGO Esperar-me-ês vós aqui, tornarei à outra
ver minha dama querida que se quer matar por mi. Dia, Que s
ai, minha senhora, e sereis bem recebida; se vivestes santa
, vós o sentirês agora... Tanto que BrÃzida Vaz se embarc
. JUDEU Eis aqui quatro tostões e mais se vos pagará. Por
do Semifará que me passeis o cabrão! Querês mais outro t
barca segura, barca bem guarnecida, Ã barca, Ã barca da
! Senhores que trabalhais pola vida transitória, memória ,
a, Ã barca, Ã barca da vida! Senhores que trabalhais pola
transitória, memória , por Deus, memória deste temeroso
barca, mortais, Barca bem guarnecida, Ã barca, Ã barca da
! Vigiai-vos, pecadores, que, depois da sepultura, neste rio
barca, senhores, barca mui nobrecida, Ã barca, Ã barca da
! E passando per diante da proa do batel dos danados assi ca
do no Sardoal. Embarquetis in zambuquis! CORREGEDOR Venha a
prancha cá! Vamos ver este segredo. PROCURADOR Diz um text
2. Taverna
Nunca mais tornou a falar-me em casamento. Que havia de eu
? contar tudo ao pai e pedi-la em casamento? Fora uma loucur
O Bebamos! nem um canto de saudade! Morrem na embriaguez da
as dores! Que importam sonhos, ilusões desfeitas? Fenecem
do cólera! — O cólera! e que importa? Não há por ora
bastante nas veias do homem? não borbulha a febre ainda as
ondas do vinho? não reluz em todo o seu fogo a lâmpada da
na lanterna do crânio? — Vinho! vinho! Não vês que as
ntura uma noite a cabeceira de um cadáver? E então não du
stes que ele não era morto, que aquele peito e aquela front
a lua, sempre moça, nua e bela em sue virgindade eterna! a
não e mais que a reunião ao acaso das moléculas atraÃda
m túmulo! A nós frontes queimadas pelo mormaço do sol da
, a nós sobre cuja cabeça a velhice regelou os cabelos, es
talha, as grinaldas da morte na fronte dela, naquela tez lÃ
e embaçada, o vidrento dos olhos mal apertados... Era uma
as faces banhadas de lágrimas alheias sem poder revelar a
! A moça revivia a pouco e pouco. Ao acordar desmaiara. Emb
uei meus lábios aos dela. Senti um bafejo morno. — Era a
ainda. — Vede, disse eu. O guarda chegou-lhe os lábios:
amigos, abrir três túmulos àqueles que mais me amavam na
— e depois, depois sentir-me só e abandonado no mundo, c
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Foi uma
insana a minha com aquela mulher! Era um viajar sem fim. Â
águas pelo cabelo. Então na vertigem do afogo o anelo da
acordou-se em mim. A princÃpio tinha sido uma cegueira, um
eus olhos, como aos daquele que labuta na trevas. A sede da
veio ardente: apertei aquele que me socorria: fiz tanto, em
piros, aquela mulher me enlouquecia as noites. Era como uma
nova que nascia cheia de desejos, quando eu cria que todos
fogo às pólvoras... Apenas a corveta por uma manobra atre
pôde afastar-se do perigo. Mas a explosão fez-lhe grandes
ditos!... eram os amores de Satã e de Eloá, da morte e da
, no leito do mar. Quando acordei um dia desse sonho, o navi
horrÃvel se passou... — Por que empalideces, Solfieri! a
e assim. Tu o sabes como eu o sei. O que é o homem? é a e
vam: eram ondas que o vento da velhice lhe cavava no mar da
... Sob espessas sobrancelhas grisalhas lampejavam-lhe os ol
lo: corri muito mundo, a cada instante mudando de nome e de
. Fui poeta e como poeta cantei. Fui soldado e banhei minha
sto morto de Holbein, estudar a corrupção no cadáver. Na
misteriosa de Dante, nas orgias de Marlowe, no peregrinar d
o brado do egoÃsmo do homem —manda a morte de um para a
de todos. Tiramos a sorte... o comandante teve por lei morr
e... o comandante teve por lei morrer. Então o instinto de
se lhe despertou ainda. Por um dia mais, de existência, ma
£o: quando contavas tua história, lembrava-me uma folha da
, folha seca e avermelhada como as do outono e que o vento v
haviam desbotado como nesses longos quarenta e dois anos de
! Eu era aquele tipo de mancebo ainda puro do ressumbrar inf
r as últimas gotas de uma bebida, estorceu-se no leito, lÃ
, fria, banhada de suor gelado, e arquejou... Era o último
s; perdoai-me se vos ofendi; meu amor é uma loucura, minha
é uma desesperança — o que me resta? Adeus, irei longe
ou nem o sei: quando a porta abriu-se de novo uma mulher lÃ
e desgrenhada apareceu com um facho na mão. A porta fechou
s ruas pudera conta-lo. Nessa torrente negra que se chama a
, e que corre para o passado enquanto nos caminhamos para o
jogos de milhares de homens, onde fortuna, aspirações, a
mesma vão-se na rapidez de uma corrida, onde todo esse com
ais bela que o alarido da saturnal? Quando as nuvens correm
s no céu como um bando de corvos errantes, e a lua desmaia
luptuosa do amor. SaÃ. Não sei se a noite era lÃmpida ou
; sei apenas que a cabeça me escaldava de embriaguez. As ta
ador tinha morrido afogado por minha culpa. Era uma sina, e
; e por isso ri-me; ri-me, enquanto os filhos do mar chorava
a primeira mulher das ruas pudera conta-lo. Nessa torrente
que se chama a vida, e que corre para o passado enquanto no
¡grimas a ele? fora loucura! Que durma com suas lembranças
s! revivam: acordem apenas os miosótis abertos naquele pân